O crem (Tropaeolum pentaphyllum) – chamada tambén batata-crem, crem-de-cipó; crem-de-baraço e crem-trepador; capuchinha, carrapicho, chagas, cinco-chagas, chagas-da-miúda, sapatinho-de-iaiá, sapatinho-do-diabo – é uma espécie nativa da região Sul do Brasil e hoje está na lista de espécies ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul na categoria vulnerável. As principais ameaças decorrem da perda de habitat para atividades agropastoris e ao extrativismo dos tubérculos para consumo.

Uma das principais medidas de conservação é a valorização e divulgação do seu potencial econômico, possibilitando um manejo sustentável em ambientes naturais. Naturalmente a proteção do habitat também contribui para a manutenção da espécie.

Ocorre de forma espontânea e pouco foi explorado comercialmente.

Já se percebe alguns cultivos na Serra Gaúcha.

O ciclo da planta é de nove a dez meses: florisce de junho a dezembro e auge entre outubro e novembro.

O crem fazia parte da alimentação do imigrante italiano, polonês e alemão particularmente de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

As “batatas” podem ser consumidas cozidas, assim perdem a pungência e servem para preparo de saladas e maionese. As folhas podem ser consumidas cruas, cozidas ou ensopadas. As flores são comestíveis e servem para decoração ou alimentação. Os frutos imaturos para picles. Consumido quase em sua totalidade em forma de conserva para acompanhar os mais diversos pratos, desde a sopa de cappelletti até e principalmente às carnes.

Medicinalmente é popularmente conhecida como antiescorbúticos, depurativos e auxiliares na redução e controle do colesterol.

Indicação: Rodrigo Magalhães Bellora
Pesquisa e texto: Bernardo Simões
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